terça-feira, 22 de junho de 2010




Desigualdade



O nepotismo que ora
Comanda o país
Cria revolta e ódio
No sentimento do povo

Tantas contradições na pátria
Querida e amada
E seu povo a sofrer
As regalias do poder

Enquanto que sua gente
Vê o governo inchar
E enriquecer
Às custas do seu suor

E no planalto as despesas
A crescer...


E o povo massacrado por impostos
Que do país faria um paraíso
Vê sua terra em um inferno ser!

Quem rouba pouco, vai preso!
Mas quem tudo rouba, fica solto!
Basta para isso estar no poder...

Quanta indignação isso me dá,
Sinto revolta e nada posso mudar,
Neste país de contradições e coronéis
Que apesar do tempo,
Ainda insistem em se eleger...


Por culpa do povo ignorante
E analfabeto que o topo
Da elite não deixa saber...

Pra que? Se assim está bom
Pra uma minoria que comanda
E impõe ordens neste país
À revelia dos seus habitantes?

Apocalipse


Estrondos que ressoam por toda parte...
A Terra treme em todos os continentes,
Construções parecem de papel...
E voam como penas ao léu...

Ventos velozes que tudo levam,
Os oceanos inundam as cidades
Costeiras...

Fogo que vem do céu queimando o solo,
Vulcões nascem e os que já existem,
Entram em erupção...
O planeta é só fumaça e cinzas...

As pessoas estão em catarse...
Milhões, bilhões morrem...
Parece irreal, mas é a realidade,
O dilúvio começou...

E as emanações magnéticas do Sol,
Se cruzam as do planeta Hercolobus
Criando descargas eletromagnéticas
Que assolam a Terra...

O pânico se generalizou como
Nunca se havia visto antes...
O ar tornou-se irrespirável...
A humanidade sucumbe em massa...
Agora se vê dois Sóis no céu...
Hercolobus ainda passa,
A caminho da sua órbita elíptica...

A Terra entre o Sol e o planeta,
Vê-se entre o fogo cruzado...
E o caos e o terror, assola nosso mundo...

O planeta começa a se afastar,
E as condições começam a melhorar...
Mas a Terra está fragmentada,
Irreconhecível...

Quem sobreviveu se lamenta...
E os mortos riem felizes,
A sede e a fome se espalham...
As doenças proliferam...

Poucos sobreviveram, e choram...
O ar começa a se tornar respirável...
A humanidade começa a ter esperanças,
E sabem que dali sairá a nova
Civilização...

Que será fundamentada em valores
De amor e cooperação,
Em solidariedade e amizade,
Em comunhão de mentes,
Como se fossemostodosum...



Ódio...


Sinto tanto rancor em minha alma
Pelas maldades que me fizeram
E eu não tive como revidar...

Senti raiva demais, esse pernicioso sentimento
Que me consumiu muito tempo...
Quero vingança, ah! como quero!

Ver as amebas que mal me fizeram
Levando-me a um triste fim,
Serem mortas em um frasco de cultura!

Cultura de vermes que comem a carne podre
E vomitam seus despojos em esgotos fétidos
Que são consumidos por víboras!

Escórias da humanidade que aqui
Fazem o que?
Maldades por desatinos leves
Que a nada levam?

Vis sarcófagos de múmias carcomidas
Que a inveja dominou suas mentes
Insanas e desequilibradas,

E que por falta de competência,
Disseminam suas atrocidades
Pelos que tudo conquistaram
As custas de suas labutas!
.

Fetos podres estragados que deveriam
Estar em uma latrina fedorenta
E cagada...

Mas que ainda continuam por aí
Vivendo ao lado dos iluminados
Como se luz tivessem...

Seres trevosos e malévolos,
Que seu lugar seriam as
Covas cemiteriais...

E que após suas mortes, habitassem
A escuridão do umbral tenebroso
Em milênios de tortura espiritual

Esperando um alívio
Que jamais virá...


Alma sem paz


Porque tantos pensamentos me assolam a mente?
Um após o outro, sem parar...e que tanto me
Preocupam?

Porque sou assim, sem paz, sem quietude, com dor?
Na vida pensam que sou feliz, seguro, que tenho luz...
Mas dentro de mim, só há tristeza, muita tristeza...
E uma escuridão que não tem fim...

Por mais que a luz do sol me envolva,
Dentro de mim não há luz,
Sou de alma melancólica e insegura...

Viajo no escuro do universo que está
Dentro de mim...
Às vezes algumas estrelas aparecem,
Mas logo são engolidas pela
Imensidão das trevas que não tem fim...

A esperança está longe da minha alma...
O tempo só me faz ansiar,
Por uma coisa que não sei o que é...
Talvez um pouco de paz? Quem sabe?

Não sei, oh! infame vida sem valor,
Que me arrebata o sossego e desanima meu coração,
Quando, em que dia terei a tão sonhada
Paz...?

Perca-se em mim

Sonho contigo esse sonho lindo
De amor e prazer,de malicias decentes
Noites lindas de viver,de loucuras recentes
Durmo em ti meus desejos,para nunca mais acordar
Acorda os teus em meu corpo...
Sonhando juntos,vivendo essa magia louca
Esconda-te em mim, sem pudores nem medos
E jamais permitirei que te encontres.