domingo, 4 de julho de 2010

Porto das Ilusões



Porto das ilusões

Ontem à tarde
A menina aportou
Para olhar o fim da tarde velejante
Despejar seu jeito depois
Jazer em junto ao lajeado cais.

(igualzinho a um poema)

E por um momento
A menina desconfiou
Que a vida desmanchava-se ali.
Logo depois
Já em face a face da noite
A menina descobriu seu coração em atalhos
Porque os sonhos-primeiros tinham partido
Lépidos
Numa estranha sombra de mar
Todinha estampada de estrelas, lua, brancas areias, azaléias

(igualzinho a um poema)

Em seguida
A menina ensaiou um gesto qualquer de tristeza
Simples sorriso de outono
Ensaiou; mas saiu apenas um
Gesto qualquer de alegria
Simples sorriso de outono

Bem mais tarde
A manhã veio naufragar brejeira nos olhos da menina
Naquelas poucas águas. paradas de tanta partida e
Fantasia

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